A presente postagem tem por finalidade apresentar e discutir alguns aspectos relacionados com dois conceitos: Objetos de Aprendizagem (OA) e Software Educativo (SE).
A. OBEJTOS DE APRENDIZAGEM
Com relação ao primeiro, podemos diretamente interpretar que OA seria qualquer coisa inanimada, objeto, que pudesse servir para algum fim pedagógico de aprendizagem por meio de uma transposição didática. Porém, dentro do universo da área da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), os “OA são qualquer recurso digital que possa ser reutilizado para dar suporte à aprendizagem” (Wiley, 2000).
Alguns tipos de OA se apresentam por intermédio de Animações, Simulações, Imagens, Fragmentos de vídeos e/ou áudios, Textos e Gráficos.
Há ainda outra questão relacionada ao local, onde os OA são armazenados na rede mundial (internet), conhecido como “Repositários” (sistemas estruturados com banco de dados dos OA), como por exemplo MERLOT (http://www.merlot.org/merlot/index.htm), RIVED da SEED/MEC [Secretaria de Educação a Distância do Ministério de Educação e Cultura] (http://rived.mec.gov.br/), LABVIRT (http://www.labvirt.fe.usp.br/), Banco Internacional de Objetos de Educação, hospedado no sítio do próprio MEC (http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/), Portal do Professor, também hospedado no MEC (http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html), Portal de Educação da Microsoft (http://www.conteudoseducacionais.com.br/), Projeto CESTA [Coletânia de Entidades de Suporte ao uso de Tecnologia de Aprendizagem] da UFRGS (http://www.cinted.ufrgs.br/CESTA/), CONEXÃO PROFESSOR (http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/sala_de_aula_objaprendizagem.asp), entre tantos outros.
Os dados armazenados nos Repositários são chamados de Metadados (dados sobre outros dados): são informações sobre os objetos de aprendizagem disponíveis nos Repositários (Wiley, 2000). Exemplos: Autores, Colaboradores, Temas, Palavras-chave, Versão, Localização, Licença e propriedade intelectual, requisitos, e etc.
Para confecção de um OA, é necessário uma equipe interdisciplinar composto dos seguintes profissionais: Professores, Alunos, Programadores, Desenhistas, Designers Instrucionais, e Designares Gráficos, entre outros.
B. SOFTWARES EDUCATIVOS
O segundo conceito tem sua definição mais próxima da direta interpretação dos termos componentes, ou seja, são programas (“software”) com aplicação ao uso da Educação, mesmo que não tenha sido produzido com essa finalidade. (OLIVEIRA, 2001) Outro conceito vem do GIRAFFA (1999): ”todo programa que utiliza uma metodologia que o contextualize no processo ensino e aprendizagem, pode ser considerado educacional.”
Possui conceitualmente dois tipos de SE: SE Educativos e SE Aplicativos.
Os Objetos de Aprendizagem diferem dos softwares educativos, porque ao invés de serem um ambiente completamente aberto de exploração, são projetados para permitirem a investigação de conceitos específicos. (Castro Filho et al, p. 40)
Existem vários tipos de SE, como, por exemplo, citamos:
- Tutorial: software no qual a informação é organizada de acordo com uma seqüência pedagógica particular
- Exercícios e Práticas: software que utiliza perguntas e respostas, normalmente utilizadas para revisar material já estudado
- Programação: softwares onde o aluno programa o computador
- Aplicativos: incluem processadores de texto, planilhas eletrônicas, etc.
- Multimídia e Internet: misturam som, imagem e texto
- Simulação: simulam situações reais, que sem o uso do computador dificilmente poderiam ser trabalhadas pelos alunos, com a mesma qualidade e realismo nas formas tradicionais de ensino.
- Jogos: originalmente programado para entreter, possui grande valor pedagógico,e é defendido por profissionais da educação que acreditam que o aluno aprende melhor quando é livre para descobrir ele próprio as relações existentes em um dado contexto.
- Ferramentas para resolução de problemas: o aprendiz deve produzir qual problema quer solucionar.Pode atender a quase todas as disciplinas, tanto no conhecimento como no interesse e a capacidade do aluno, são softwares abertos que permitem ao professor constantemente descobrir novas formas de planejar atividades que atendam seus objetivos.
C. ANÁLISE DE UM OA / SE
Diante de uma imensa gama de possibilidades e opções, achei um OA que exemplifica dois instrumentos digitais para a montagem de um único objeto.
Extraído de um Repositário público do Estado do Rio de Janeiro, conhecido como CONEXÃO PROFESSOR (http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/objetos.asp) e escolhido uma das duas opções da disciplina “Geografia”: “Cartografia – Coordenadas Geográficas”.O instrumento em questão, um link, interliga para um vídeo postado no sítio do YOUTUBE (http://www.youtube.com/watch?v=RxLrXbGH82A), utilizando uma ferramenta editora de vídeo, como por exemplo “Windowns Live Movie Maker”, a partir de animações utilizadas pelo “Google Earth” e outros elementos gráficos.
Após a visualização deste OA, verificamos não só o próprio fragmento de um vídeo ou até mesmo o “Google Earth” como instrumento de aprendizagem para atingir a motivação necessária do público-alvo, os alunos.
De uma análise sociológica da divisão e conceituação das gerações (demografia), vemos que no pós-Segunda Guerra Mundial houve uma explosão demográfica com um acentuado coeficiente de natalidade, por isso o período ficou conhecido como “baby boom”. A partir da década de 1960 até início dos anos 1980, foi um período conhecido como “Geração X”, alusivo ao famoso emprego da letra “x” como uma incógnita, uma variável desconhecida, incerta, mal definida. Nos EUA, o período também ficou conhecido como “baby bust”, por conta da queda do crescimento da natalidade. Porém o termo da Geração X ganhou popularidade de várias formas culturais e acadêmicas: literária, ensaio fotográfico e etc.
A seguir vieram a Geração Y, até meados da última década do século passado, 1990, caracterizado por grandes avanços tecnológicos e prosperidades econômicas, por isso são grandes consumidores de tecnologia, mas também se preocupam com meio ambiente e com as causas sociais.
Em seguida, surgiu a Geração Z, os nativos digitais, já nascido após a explosão da rede mundial de computadores, internet, que assim como a geração anterior também é sensível às novas tecnologias, mas interagidas com variadas mídias: TV, internet, vídeo game, telefones celulares e mp x(3 a 10).
Com base nessa análise das características das gerações, é que está fundamentada a importância do uso das ferramentas digitais para atingir no ponto sensível desta presente geração, alunos, a importância da aprendizagem a partir de métodos pedagógicos mais atualizados. Isso porque temos que reconhecer que grande parte dos professores são da Geração X (antes da internet) e alguns da Y, mesmo não nativos digitais, amadureceram nessa explosão tecnológica.
D. Referências
- Dias, Lucimeri Ricas.CEP AULA 06 Objetos de Aprendizagem e Softwares Educativos.2011: Disponível em < http://www.authorstream.com/User-Presentations/lucimeri1000/>. Acesso em 02 mai. 2011.
- EB Gallota, Alexandre. Entrevista. 2011: Disponível em Acessado em: 02/05/2011
- <http://www.microsoft.com/brasil/educacao/parceiro/objeto_texto.mspx/>. Acessado em 22 mai 2011.
- WILEY, D. A. Connecting learning objects to instructional design theory: A definition, a metaphor, and a taxonomy. In: WILEY, D. A. (Ed.). The Instructional Use of Learning Objects: 2000: Disponível em . Acesso em 29 mar. 2009.
- <http://www.youtube.com/watch?v=RxLrXbGH82A>. Acessado em 22 mai 2011.
- < http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_educativo>. Acessado em 22 mai 2011.
- <http://pt.wikipedia.org/wiki/Gera%C3%A7%C3%A3o_X>. Acessado em 22 mai 2011.
- <http://pt.wikipedia.org/wiki/Gera%C3%A7%C3%A3o_Z>. Acessado em 22 mai 2011.
- <http://pt.wikipedia.org/wiki/Gera%C3%A7%C3%A3o_Y>. Acessado em 22 mai 2011.
- <http://pt.wikipedia.org/wiki/Baby_boom>. Acessado em 22 mai 2011.
- <http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/objetos.asp>. Acessado em 22 mai 2011.
